A presidente da república, Dilma Rousseff, fez fortes declarações sobre os setores beneficiados com a queda do IPI e juros. O recado de Dilma foi claro. "Nós damos incentivos fiscais e financeiros e queremos, como retorno para o Brasil, a manutenção de emprego. Fazemos toda uma política anticíclica pra garantir empregos. Isso vale não só para as montadoras, mas para todos que receberem incentivos. Têm que saber que fazemos isso com um único objetivo no mundo: garantir o emprego dos brasileiros". O discurso, realizado em uma coletiva em Londres, local de disputa dos jogos olímpicos, foi direcionado as montadoras de veículos.
As empresas do ramo automotivo e os sindicatos já estavam entrando em conflito com a possibilidade de demissões em massa no setor. Vale lembrar que o governo agiu prontamente as medidas solicitadas pelas montadoras, a fim de brecar a queda nas vendas dos veículos e o acúmulo de estoques. Tais medidas mostraram-se muito efetivas, impulsionando as vendas de veículos. O mês de junho apresentou o maior número de veículos vendidos na história do país, com mais de 340 mil emplacamentos. Mesmo após a recuperação, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), já coloca o ano de 2012 como inferior ao do ano passado, considerando o número de veículos comercializados. O pessimismo se dá devido ao fraco desempenho do setor no 1º semestre. O órgão ainda solicitou ao governo que a redução do IPI permanece-se por mais tempo.
Os rumores sobre possíveis fechamentos de fábricas da GM teve papel importante para o desencadeamento da pauta. O governo insiste que as medidas adotadas no ramo automotivo estão condicionadas a manutenção dos empregos no setor. O certo é que as vendas do 2º semestre serão decisivas para a resolução do impasse e, por consequência, do fechamento econômico do país em 2012.