Fernando Calmon

Engenheiro e consultor técnico de comunicação e de mercado e jornalista especializado desde 1967. Seus textos são publicados simultaneamente em 35 jornais, revistas e sites no Brasil e no exterior. A coluna - Alta Roda - começou a ser publicada em 1999 e firmou-se como referência no jornalismo especializado pela independência e análises objetivas.

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ELETRIFICAÇÃO: TOYOTA VÊ MAIS DE UM CAMINHO À FRENTE

Postado em 10/06/2021 - 17:13

Masahiro Inoue, CEO da Toyota para América Latina e Caribe, confirma que o compromisso da empresa em nível mundial continua sendo tornar-se neutra em emissões de gás carbônico até 2050, meta anunciada há seis anos. Apesar disso, acredita que uma posição cautelosa precisa ser considerada sobre como alcançar esse objetivo. Conversei com ele sobre este e outros assuntos.

 

“Nosso respeito ao meio ambiente é inquestionável. Quando a Toyota criou em 1997 o primeiro híbrido dos tempos modernos, o Prius, já indicava que o futuro deveria mudar. Porém, agora, há mais de um caminho a escolher. Baterias e pilhas a hidrogênio são tecnologias válidas e continuamos a pensar assim. No Japão não há ainda consenso sobre o que vai prevalecer ou mesmo conviver. Garantir antes um suprimento estável de geração de energia elétrica é muito importante, além da criação de toda a infraestrutura exigir grande planejamento”, afirma.

 

No Brasil há opção de usar etanol para gerar hidrogênio a bordo e, por meio de um reformador, obter energia para o motor elétrico. “Este é um caminho que o País também pode seguir. Importante separar as questões técnicas e de marketing. Não basta estabelecer prazos ou datas em assuntos complexos”, defende Inoue.

 

O executivo confirmou o plano de usar o Brasil como base exportadora. “Toyota vende 400.000 veículos na América Latina, metade produzida no Brasil. A outra metade vem do Japão com frete médio de US$ 1.500 por unidade. Então está aí uma oportunidade para a fábrica de Sorocaba (SP) fornecer para a nossa região”.

 

Inoue entende que o sistema de produção Just-in-Time criado pela empresa para enviar componentes diretamente às linhas de produção e logo copiado por outros ramos industriais, não foi responsável pela atual escassez de semicondutores no mundo e a interrupção de tantas fábricas no Brasil e no exterior. “O mais importante é o planejamento de longo prazo, além de um contato constante e de ajuda mútua com nossos fornecedores. Assim não temos problemas, salvo questões pontuais e menores.”

 

Limitações de produção seguram as vendas

 

Mercado brasileiro continua comprando praticamente tudo que é ofertado pela indústria, incluídos veículos leves e pesados. Isso se repetiu em maio último com estoques pressionados e muito abaixo do que seria necessário para pronta entrega. São apenas 10 dias nas concessionárias e cinco nos pátios dos fabricantes, situação que se repete a cada mês desde novembro de 2020. As vendas diárias empacaram em quase 9.000 unidades no mês passado.

 

A produção cresceu apenas 1% sobre abril. Como as exportações aumentaram 9% para cumprir compromissos assumidos e as importações ainda sofrem impactos pelo dólar alto, não há mesmo como atender a demanda interna. Uma situação singular: há dois anos havia grande oferta e procura baixa; hoje, pouca oferta e grande procura. A opção tem sido comprar o que está disponível ou partir para os carros usados. Este ano, em maio, a comercialização de automóveis e comerciais leves usados cresceu 19% sobre abril.

 

Está difícil revisar as projeções para 2021, enquanto a importação de semicondutores ainda estiver sob pressão. Em termos mundiais, a previsão é de queda de 3% a 5% na produção por conta desta escassez que afeta mais algumas marcas do que outras. No Brasil, no entanto, o mercado e a produção vão crescer no mínimo 15% e 25%, respectivamente, porque a base comparativa com 2020 é muito baixa, segundo projeções da Anfavea.

 

São Paulo emplacou menos veículos do que Minas Gerais pela primeira vez. Razão é o aumento do ICMS que o governo paulista só agora diz que será por um prazo de dois anos, depois da má repercussão da medida.

 

Jaguar F-Pace evolui em estilo e conectividade

 

Mesmo sem alterar a essência do desenho, a evolução de meio ciclo desta geração do F-Pace segue a tendência estilística atual. Capô, faróis, lanternas traseiras e rodas mudaram, enquanto o interior foi totalmente renovado. Destaque para a nova tela multimídia curva de 11,4 pol. com moldura em magnésio, além de um tratamento químico superficial antirreflexo que também facilita limpeza de marcas de dedos. Sistema de infotenimento Pivi Pro inclui menu simplificado: apenas dois toques na tela inicial para executar 90% das tarefas usuais.

 

Acabamento interno em madeira e alumínio, novos bancos dianteiros mais confortáveis com superfícies maiores de aquecimento e resfriamento e sistema ativo de cancelamento de ruídos externos completam o pacote de melhorias internas.

 

O motor 6-cilindros turbo 3-litros de 340cv não recebeu alterações. Mas na versão esportiva SRV o torque do V-8 5-litros com compressor subiu para 71,4 kgf.m, enquanto a potência se manteve em 550 cv. Rodas de liga leve de nada menos que 22 pol. de diâmetro são opcionais. Os preços vão de R$ 463.750 a R$ 725.950.

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